quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Velocidade dos acontecimentos


A sensação é estranha, o dia ou as horas parecem não conter os mesmos segundos ou horas de outrora. As atividades corriqueiras consomem mais energia e são replicadas para um outro dia, porque este que estamos vivendo já se foi.

Parece que não vivemos 24 horas por dia, será que o dia esta mais curto?

As semanas menores.

Os meses mais rápidos.

E os aviões supersônicos arrastando os anos ainda mais rápidos.

Talvez toda esta velocidade dos acontecimentos esteja relacionada ao bombardeio de informações que recebemos diariamente, hoje dificilmente uma noticia não é divulgada e esmiuçada profundamente como não existia anteriormente.

Através da internet  estamos vivendo um momento único, de grande troca de informações onde temos grande facilidade de buscar e se informar por todo e qualquer assunto.

A humanidade demorou anos, décadas, milênios acumulando informações através de experimentos, livros, e passando de geração para geração e hoje temos tudo isso ao nosso alcance através da internet.

Mas o que a internet tem a ver com a velocidade do tempo que estamos passando hoje?

Talvez nada, mas com certeza contribui para acelerar o dia.

Já se foi o tempo que precisávamos recorrer aos periódicos nas bancas para se informar o que havia acontecido no dia anterior.

Enfim, não sei o que acontecendo, mas fica a sensação de que o dia não tem 24 horas.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

RMS Titanic


Totem da ousadia humana, orgulho da engenharia náutica, colosso de 269 metros de comprimento e 46 mil toneladas, obra-prima de 7,5 milhões de dólares, o RMS Titanic, tido e havido como inexpugnável pelos mais insuspeitos especialistas, soçobrou em sua viagem inaugural. Ao colidir com um iceberg, nas últimas horas do dia 14 de abril, o navio afundou e levou consigo a vida de mais de 1.500 pessoas nas águas gélidas do Atlântico norte. Ao choque e à incredulidade pela notícia, soma-se agora, no rescaldo da acachapante tragédia, a ânsia pelas respostas às perguntas que não querem calar. Como um gigante do porte do Titanic pode ter simplesmente afundado pelo choque com um iceberg? Porque o maior e mais moderno navio de nosso tempo não oferecia plenas condições de segurança a todos os seus passageiros? Autoridades dos Estados Unidos e da Inglaterra já se mobilizam para investigar as causas do sinistro e atribuir possíveis responsabilidades.
O navio saindo do cais de Southampton para a viagem inaugural: destino tenebroso
Com poucos dias decorridos do acidente, porém, as informações ainda são desencontradas, nebulosas e não confirmadas. O que se sabe pelos relatos dos cerca de 700 sobreviventes, resgatados pelo RMS Carpathia horas após o infortúnio, é que o Titanic, que em 10 de abril deixara Southampton, na Inglaterra, rumo a Nova York, colidiu a estibordo com um iceberg na região dos bancos gelados de Newfoundland por volta das 23h40 do dia 14. No contato com a proa, a massa flutuante de gelo abriu um rombo no casco do navio, e a água passou a jorrar para dentro dos compartimentos à prova d'água. Cinco deles teriam sido danificados e inundados, de acordo com o que tripulantes sobreviventes ouviram de Thomas Andrews, projetista e construtor da Harland & Wolff (empresa responsável pela fabricação do Titanic), que inspecionou o estrago momentos depois do abalroamento e não sobreviveu ao naufrágio.
Aqui começam as interrogações. Os especialistas não compreendem o motivo pelo qual o Titanic não alterou sua rota, já que recebeu diversas mensagens pelo telégrafo alertando sobre a presença de icebergs flutuantes (notadamente na região 42º Norte e entre a 49º e 51º Oeste) na véspera da colisão. Mesmo sabendo do caminho potencialmente acidentado na rota do majestoso transatlântico, o capitão optou por manter a rota e a velocidade, confiando na calmaria do oceano - "o mar estava como grama", declarou o segundo oficial, tenente Charles Lightoller - e na observação de sua equipe na torre (que, entretanto, estava sem binóculos). Assim, quando, às 23h40 os vigias Frederick Fleet e Reginald Lee avistaram um grande bloco de gelo imediatamente à frente do navio, havia pouco a ser feito. "Iceberg logo à frente!", anunciaram, em vão. O primeiro oficial, tenente William Murdoch, ainda tentou uma manobra para desviar o navio pela esquerda, mas não houve tempo: menos de um minuto depois, veio a colisão.


A experiente tripulação: capitão Smith (de barba) pediu socorro, mas não houve tempo
Quando o veteraníssimo capitão britânico Edward Smith, de volta à cabine, percebeu que sua embarcação havia sido comprometida, imediatamente ordenou o envio de sinais de socorro - tanto via foguetes sinalizadores quanto mensagens de S.O.S., pelos operadores do sem-fio - e a imediata evacuação do Titanic. Mas os 20 botes salva-vidas presentes no navio acomodavam apenas um número máximo de 1.178 passageiros - número que estava dentro da regulamentação inglesa para navios de mais de 10.000 toneladas, mas insuficiente para acomodar as 2.223 pessoas que estavam a bordo do transatlântico. Os oficiais Murdoch e Lightoller comandaram então a distribuição dos passageiros nos botes, tendo como diretriz a regra internacional de embarcar prioritariamente mulheres e crianças. Por volta de 0h45 de 15 de abril, o primeiro bote foi ao mar. Dos 65 lugares disponíveis, ele levava apenas 28 passageiros. Naquele momento, muitos ainda não acreditavam que o transatlântico novo em folha estivesse realmente em perigo.
Apenas quando a água gelada começou a invadir as cabines e os salões de jogos é que a irreversibilidade da situação ficou patente. Engenheiros calculam que, uma hora após o choque, mais de 25.000 toneladas de água tenham inundado o navio. Por volta da 1h30, a proa estava totalmente submersa. Pouco mais de 45 minutos depois, quando todos os botes salva-vidas já estavam ao mar, a popa inclinou-se num ângulo de 45 graus, e o peso titânico da estrutura fez a embarcação rachar-se entre a terceira e quarta chaminés. Às 2h20, o Titanic, pérola da White Star Line, foi completamente engolido pelo oceano Atlântico. Era o fim do mais rico e moderno transatlântico já concebido pelo homem - e apenas o início do martírio de seus outrora orgulhosos passageiros.
O iceberg: o gelo tinha marcas de tinta
Dezenas de pessoas ainda estavam no convés, e muitas lançaram-se desesperadamente rumo às águas geladas, buscando agarrar-se a algum destroço do navio ou ser resgatado por um dos botes salva-vidas. Poucos barcos, porém, retornaram para as proximidades do local onde o Titanic desaparecera. Seus ocupantes temiam que a força de sucção da água revolta pelo naufrágio, ou mesmo o desespero das pessoas tentando subir nos botes, causassem nova tragédia. Assim, enquanto os pequenos barcos vagavam na escuridão à espera de resgate, com cerca de 700 almas trêmulas de frio, algo em torno de 1.510 pessoas teriam seu destino selado ali mesmo, no local do naufrágio, a maioria absoluta morrendo em decorrência de hipotermia causada pela temperatura da água, 2ºC negativos. No total, 80% dos homens e 25% das mulheres feneceram. Aparece então outra indagação: por que os botes salva-vidas não foram lançados com suas capacidades máximas? Tivesse sido esse o desfecho, pelo menos mais 500 pessoas estariam salvas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Um estudo publicado no jornal Science conta resultados surpreendentes da droga Bexaroteno, já usada no tratamento contra câncer de pele

Um novo estudo pode oferecer a primeira esperança real para o tratamento. Na pesquisa publicada no jornal Science, a equipe de pesquisadores liderados por Gary Landreth, da Universidade Case Western, e seu aluno graduado Paige Cramer, descobriu que um medicamento chamado Bexarotene apresenta efeitos surpreendentes em camundongos que sofriam de uma condição similar a pacientes com Alzheimer. Esses ratos possuem placas similares em seus cérebros, compostas de proteínas beta-amilóides, e apresentaram danos comportamentais e cognitivos iguais aqueles experimentados por vítimas de Alzheimer.

Poucas horas após receberem Bexaroteno, as placas nos cérebros dos camundongos começaram a dissolver-se. Como consequência, dentro de alguns dias os ratos apresentaram a recuperação de habilidades cognitivas que haviam perdido. Em particular, eles recuperaram a habilidade de fazer ninhos, um comportamento que apenas ratos saudáveis possuem. Eles também readquiriram parte de suas habilidades olfativas.

Bexaroteno (TargretinTM) é uma droga aprovada para o uso em seres humanos no tratamento de linfoma cutâneo das células T, uma tipo raro de câncer de pele. Ele funciona bloqueando o gene RXR, que é envolvido na produção das proteínas beta-amilóides. Cramer, Landreth e seus colegas partiram da hipótese de que se o Bexaroteno pode ultrapassar a barreira sanguínea do cérebro, poderia auxiliar na dissolução das placas associadas ao Alzheimer. Aparentemente eles estão corretos.

Uma grande ressalva é que muitas drogas potencialmente úteis funcionam em camundongos mas falham em seres humanos. Essa droga é diferente, pois seu uso já é aprovado em humanos, mas nunca foi testada em pacientes com Alzheimer. Os teste estão programados para iniciar o quanto antes, mas levará tempo até que saibamos se ela pode atrasar o progresso do Alzheimer. Para uma doença que afeta uma enorme parcela da população, e sem nenhum tratamento, essa descoberta poderá ser um grande avanço

Porém, um novo estudo pode oferecer a primeira esperança real para o tratamento. Na pesquisa publicada hoje no jornal Science a equipe de pesquisadores liderados por Gary Landreth, da Universidade Case Western, e seu aluno graduado Paige Cramer, descobriu que um medicamento chamado Bexarotene apresenta efeitos surpreendentes em camundongos que sofriam de uma condição similar a pacientes com Alzheimer. Esses ratos possuem placas similares em seus cérebros, compostas de proteínas beta-amilóides, e apresentaram danos comportamentais e cognitivos iguais aqueles experimentados por vítimas de Alzheimer.

Poucas horas após receberem Bexaroteno, as placas nos cérebros dos camundongos começaram a dissolver-se. Como consequência, dentro de alguns dias os ratos apresentaram a recuperação de habilidades cognitivas que haviam perdido. Em particular, eles recuperaram a habilidade de fazer ninhos, um comportamento que apenas ratos saudáveis possuem. Eles também readquiriram parte de suas habilidades olfativas.

Bexaroteno (TargretinTM) é uma droga aprovada para o uso em seres humanos no tratamento de linfoma cutâneo das células T, uma tipo raro de câncer de pele. Ele funciona bloqueando o gene RXR, que é envolvido na produção das proteínas beta-amilóides. Cramer, Landreth e seus colegas partiram da hipótese de que se o Bexaroteno pode ultrapassar a barreira sanguínea do cérebro, poderia auxiliar na dissolução das placas associadas ao Alzheimer. Aparentemente eles estão corretos.

Uma grande ressalva é que muitas drogas potencialmente úteis funcionam em camundongos mas falham em seres humanos. Essa droga é diferente, pois seu uso já é aprovado em humanos, mas nunca foi testada em pacientes com Alzheimer. Os teste estão programados para iniciar o quanto antes, mas levará tempo até que saibamos se ela pode atrasar o progresso do Alzheimer. Para uma doença que afeta uma enorme parcela da população, e sem nenhum tratamento, essa descoberta poderá ser um grande avanço

 


 d evaneios ... As flores exalam perfumes únicos que se confundem com o daquela mulher, a  primavera chegou. Dizem que o acaso não existe, e...